Já se passaram mais de 3 meses desde que saí de casa do meu pai para, aparentemente me emancipar.
Foi-se o Verão e já tenho algumas lições, outras tantas elacções que posso retirar da experiência.
- Não gosto, não gosto mesmo de chegar a casa e ter de ligar o computador ou fazer uma chamada telefónica para ter a quem contar sobre o meu dia.
- Cozinhar só para mim está fora de questão, nunca nestes quase 100 dias, liguei o fogão sabendo que a única pessoa à mesa seria eu.
- A máquina de lavar louça cá de casa demora uma semana a encher e assim sendo, raramente é utilizada.
- A roupa chega a ficar no cesto cerca de duas semanas, dada a tão pouca frequência com que a ponho a lavar (em muito contribui o facto de ter uma estúpida mania de não misturar cores, mas isso agora não interessa nada).
- Não tenho o hábito de abrir o correio, é algo que ainda não mecanizei. Porém ainda não houve surpresas desagradáveis e as contas têm sido pagas atempadamente.
- Vou às compras frequentemente (trago sempre muita fruta), sempre a achar que de manhã vou ter paciência para fazer batidos na Bimby. Como não os faço, a gaveta dos legumes faz muitas travessias a caminho do lavatório para poder ser desinfectada.
- Adoro ter vinho em casa e se dantes isto era impensável, agora dá-me um prazer enorme abrir uma garrafa de vinho enquanto faço as lides da casa.
- Fazem-me falta os canais por cabo, já não sei viver com apenas 4.
- Desde que a Susana se foi embora, passo muito menos tempo em casa. Volto ao 1º ponto de que falei e daí a inevitável e magistral conclusão:
Sou um ser social!
Com uma terrível dificuldade em lidar com solidão.
Não fui feita para conviver apenas comigo mesma mais de 24 horas. Começo a desesperar.
Ainda assim, esta tem sido uma vivência engraçada. Já tenho estórias mil para contar, um dia destes compilo-as e publico aqui no diário. Ainda se vão rir!
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