Lembro-me hoje da minha 1ª viagem...
Tinha 5 anos e a minha mãe quis ir a Goa. Decide que me leva com ela e embora não consiga precisar, só pode ter havido uma intensa preparação psicológica para esse mês que passei do outro lado do mundo.
Cá deixámos o meu pai e a minha irmã ainda bebé. Ainda me vejo mínima a despedir-me deles no aeroporto e a embarcar no avião da Lufthansa pela mão de mi madre. Fizémos escala em Frankfurt e um dia depois aterro numa cidade completamente diferente - Bombaim.
Tudo era estranho: as pessoas, as ruas sujas, os cheiros que não conseguia identificar... No entanto nada disso me parecia interessar. A tal preparação psicológica funcionou na perfeição e eu ainda que criança, estava bem ciente ao que ia: conhecer os meus antepassados e origens.
A casa do meu tio-avô ficava numa das ruas mais movimentadas da cidade. Era uma cave pequena que albergava 5 pessoas, uma delas a minha bisavó, a única que conheci. Não percebia patavina do que ela me dizia mas consigo discernir cada ruga do seu rosto e o sorriso que rasgava de cada vez que eu protagonizava um disparate qualquer.
Lembro-me ainda de visitar a escola onde a minha tia dava aulas, com turmas gigantes uma vez que os professores escasseavam...
E foi aqui que me raparam o cabelo... Porquê? Porquê? Piolhitos, claro está.
Embarque até Goa.
Mais familia à nossa espera. Embora aqui as memórias não sejam tão precisas, há coisas que se me estão coladas à pele como por exemplo as lágrimas que rolaram na minha face quando conheci o meu avô, de andar com ele de bicicleta ou de tirar chicletes dos frascos lá da barraca que ele tinha junto ao porto.
Ainda me sinto pequena ao imaginar a casa dele, com pé direito gigante e as ventoinhas no tecto. A vaca no quintal e o leite fresco pela manhã eram o símbolo de Pangim perdida no tempo.
Corre-se-me o vento na cara e invade-me uma liberdade ao lembrar-me da moto que me levou a uma das praias mais bonitas da região... qual postal!!
Não vejo o meu primo Sean desde essa altura em que eu catraia, armada em cantora, desfilava todos os hits daquele tempo e quando me calava, lá o ouvia dizer: Sing a song. - algo a que eu respondia prontamente com um pinipon. Sim, sim... eram os bonecos sensação da minha infância. Associação feita obviamente, pela rima.
Subir as escadas da igreja do Bom Jesus e visitar o túmulo de São Francisco Xavier and wondering myself como era possível o corpo do senhor se manter em tão bom estado de conservação...
A água de coco!! A casa de férias de família onde coubemos tantos de nós...
A tia Felicidade e as bolachas que nunca mais comi iguais...
Tanta e tanta coisa que guardo comigo como religiosas lembranças de um regresso ao passado. Ainda que com 5 anos, o sentido de responsabilidade foi em proporção suficiente para o que se cumpriu.
Agora 20 anos depois, o desejo é de lá voltar assim que possível. Talvez haja uma nova leitura a fazer-se da também, MINHA TERRA!
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Goa
Publicada por V. Teles Fernandes à(s) 11:28 3 comentários
Etiquetas: (Re)descobertas, Costumes e Pessoas, divagações
Gosto de ti*
Publicada por V. Teles Fernandes à(s) 11:17 1 comentários
Etiquetas: Agradecimentos, Dedicatórias
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Yuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuupiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Publicada por V. Teles Fernandes à(s) 17:41 0 comentários
Etiquetas: e no limite... é música.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Bolha
Quando de repente a tua vida se transforma num caos, onde a média diária de horas dormidas se resumem a umas míseras 4 horas;
Quando o cansaço é a força que te move, porque todas as outras te falham;
Quando vês a malta toda a sair de Lisboa a caminho das férias;
Quando sais à noite e te lembras que estás em serviço e não podes beber;
Quando tens um projecto a teu cargo e que por tua responsabilidade está a ser descurado... =/
Onde vais encontrar motivação??
Aqui:
O esforço e o trabalho quase sempre compensam!!
Publicada por V. Teles Fernandes à(s) 12:36 0 comentários
Etiquetas: divagações, Estados de alma, Lifestyle
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Look inside
Para quem não queria um blog intimista, este até nem é nada. NADA!
Apenas nele exponho todos os detalhes da minha vida... vá lá, faltam os sórdidos.
Já faltou mais para ser inteira e coerente...
Publicada por V. Teles Fernandes à(s) 19:15 0 comentários
Etiquetas: Estados de alma, introspecções, MY mistake
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Mas hoje foi muito bom!
And we'll collect the moments one by one
I guess that's how the future's done...
Passo a passo e como me disseste:
Um dia chegamos lá!!
Publicada por V. Teles Fernandes à(s) 20:30 0 comentários
Etiquetas: (Re)descobertas, Dedicatórias, Estados de alma
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Plágios Sentidos
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre... Não me mostrem o q esperam de mim, porque vou seguir meu coração!... Não me façam ser o q não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!...
Não sei amar pela metade, não sei viver com mentiras, não sei voar com os pés no
chão...Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE! Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes ...
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Podes-me empurrar de um penhasco q eu vou dizer: - E daí? EU ADORO VOOOOAAAAR!
É que agora sim, posso dizer:
Chega, não mexe maisss...
A minha vida está quase, quase lá!!
Publicada por V. Teles Fernandes à(s) 15:07 1 comentários
Etiquetas: divagações, Estados de alma, introspecções
E depois/para além da Rádio...
Publicada por V. Teles Fernandes à(s) 14:43 0 comentários
Etiquetas: Partilhas que podem ser partilhadas..., revelações
domingo, 20 de julho de 2008
(Mais) Sorrisos
A Ritinha já nasceu!!
E aqui a tia deseja-lhe o melhor do mundo, com a promessa de que vou estar sempre por perto para a acompanhar.
Parabéns amigos!
Publicada por V. Teles Fernandes à(s) 06:18 0 comentários
Etiquetas: Amores, Dedicatórias
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Desarmada
Quando começa uma pessoa a nascer? Quando começa a morrer? Será que começa a morrer ainda antes de ter nascido por inteiro? Sentado numa cadeira de praia interrogo o pé que desenha na areia quente uma âncora. E depois a âncora desenha um coração. E depois o coração desenha uma janela. Levanta-se da cadeira, aproxima-se da janela, debruça-se, dá um impulso ao corpo magoado e cai. Só o vento o acompanha. Está ainda a nascer? Ou começou agora? Meu amor, vejo-te nascer todos os dias, com os olhos estremunhados e o polegar enfiado na boca. Escondo de ti que todos os dias comecei a morrer, desde sempre, envergonhado de não ter guelras, ou asas, ou orelhas com pêlo felpudo. Aproveito o teu nascimento ininterrupto para dar um salto para junto de ti, e ter a ilusão, a alegria, a flor, a moeda mágica, que vão garantir que é contigo que nasço em cada dia que nasces.
Eduardo Prado Coelho
Obrigada gigante, sweetie!!
Publicada por V. Teles Fernandes à(s) 02:40 0 comentários
Etiquetas: Literatura, Pessoas que sabem do que falam...
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Wrong Idea
Gosta-se sempre da pessoa errada?*
Publicada por V. Teles Fernandes à(s) 14:34 1 comentários
Etiquetas: divagações, Estados de alma, introspecções
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Viva la vida
For some reason I can’t explain
Once you go there was never, never an honest word
That was when I ruled the world...
Publicada por V. Teles Fernandes à(s) 17:07 1 comentários
Etiquetas: e no limite... é música.