Somos a fachada de uma coisa morta
E a vida como que a bater à nossa porta
Quando formos velhos
Se um dia formos velhos
Quem irá querer saber quem tinha razão
De olhos na falésia
Espera pelo vento
Ele dá-te a direcção
Ninguém é quem queria ser
Eu queria ser ninguém
A idade é oca e não pode ser motivo
Estás a ver o mundo feito um velho arquivo
Eu caminho e canto pela estrada fora
E o que era mentira pode ser verdade agora
Se o cifrão sustenta a química da vida
Porque tens ainda medo de morrer
Faltará dinheiro
Faltará cultura
Faltará procura dentro do teu ser
Ninguém é quem queria ser
Eu queria ser ninguém
Diz-me se ainda esperas encontrar o sentido
Mesmo sendo avesso a vê-lo em ti vestido
Não tens de olhar sem gosto
Nem de gostar sem ver
Ninguém é quem queria ser
Ninguém é quem queria ser
Eu queria ser ninguém
Foge Foge Bandido
domingo, 20 de setembro de 2009
Ninguém é quem queria ser
Publicada por V. Teles Fernandes à(s) 15:32
Etiquetas: e no limite... é música., Estados de alma
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