"Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã
levarei amanhã a pensar
em depois de amanhã
e assim será possível,
mas hoje não hoje nada, hoje não posso...
A persistência confusa da minha subjectividade objectiva,
sono da minha vida real,
intercalado, o cansaço antecipado
e infinito...
Tenho já o plano traçado, mas não,
hoje não traço planos
amanhã é o dia dos planos,
amanhã sentar-me-ei p’ra conquistar o mundo,
depois de amanhã
Amanhã te direi as palavras,
ou depois de amanhã
sim, depois de amanhã
Amanhã te direi as palavras, ou depois de
amanhã
sim, depois de amanhã
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã
levarei amanhã a pensar
em depois de amanhã
e assim será possível,
mas hoje não hoje nada, hoje não posso...
não posso..."
Para um Poema (excertos do poema Adiamento de Álvaro de Campos)
COLDFINGER
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